Mário Lopes da Silva Neto de 22 anos de idade confessou em depoimento a
polícia civil de Crato, nesta manhã, ser o autor do disparo de arma de fogo que matou o pecuarista e comerciante Antonio
Jussidê Sampaio de Oliveira, de 55 anos, mais conhecido como Antonio Campina, fato
ocorrido no meio da tarde de ontem em uma propriedade da vítima no Sítio Mororó
na zona rural de Santana do Cariri.
Conforme
o próprio autor do crime o disparo foi feito de uma espingarda calibre 12 que
atingiu a vítima na região do abdômen causando a sua morte imediata, no
entanto, o réu confesso declarou que o tiro foi acidental, e alega que ele não
tinha a intenção de atirar contra o pecuarista e menos de tirar a sua vida.
Ainda de acordo com o depoimento prestado ao delegado regional de polícia civil
de Crato Flávio Santos o disparo da arma aconteceu durante uma luta corporal
entre os dois após uma discussão devido, segundo ele, a vítima tê-lo abordado e
anunciado que não permitia a prática de “caça” em sua propriedade e na
companhia de outros dois indivíduos ter ameaçado amarrá-lo a uma corda, o que desencadeou a uma luta
corporal entre os dois e acabou com a morte do dono da propriedade. Em seu
depoimento o Neto afirmou que após o disparo se evadiu do local a pé deixando
para trás uma motocilcleta da marca honda, modelo NXR 150 do tipo Bross que foi
abandonada por trás de um casebre e que foi a pista que a polícia militar de
Nova Olinda teve para chegar até a identificação e detenção do suspeito. As informações
são do Cabo PM Marivaldo do destacamento policial de Nova Olinda.
O depoimento
durou mais de 6 seis horas e varou toda a madrugada, período em que o acusado
caiu em várias contradições. Primeiro ele negou ter qualquer relação com a
morte do pecuarista e apresentou como álibi para estar no local do crime um
falso defeito na motocicleta em que ele andava, mas assim que a polícia fez os
testes na motocicleta descobriu a primeira mentira do acusado que passou a ser
considerado suspeito e foi levado a presença da autoridade policial de plantão
na delegacia regional de Juazeiro do Norte onde foi interrogado junto com as
testemunhas do crime que são dois funcionários da fazenda da vítima e que
presenciaram tudo de perto. De acordo com elas, o tiro não foi acidental e o
Neto disparou a queima roupa sem deixar chances de defesa para Antônio Campina.
Depois de considerar muito fortes os depoimentos das testemunhas o delegado deu
voz de prisão em flagrante ao caçador que agora está recolhido ai xadrez da
detenção provisória em Crato a disposição da justiça. A família campinas marcou
o sepultamento do senhor Antônio Campina para as 16 horas desta quinta-feira no cemitério
São Sebastião, em Nova Olinda.
Fonte: Blog Ranilson Silva
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