quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Bombeiros encontram corpo de última vítima de desabamento em SP



 (Foto: Bruno Santos/Terra)





As equipes de resgate retiraram na tarde desta quinta-feira o 10º corpo dos escombros do prédio em construção que desabou na zona leste da capital paulista na última terça-feira. Segundo o Corpo de Bombeiros, essa seria a última vítima do desabamento. O corpo do operário Antônio Wellignton Teixeira da Silva, 20 anos, foi resgatado por volta das 16h10.

O trabalhador foi localizado no centro do terreno, próximo a uma grande laje que ficou inclinada com o desabamento. Natural do Maranhão, Silva deixa a mulher grávida de dois meses. De acordo com o major do 3º Grupamento do Corpo de Bombeiros de São Paulo Anderson Lima, pelos ferimentos constatados no corpo, tudo leva a crer que a vítima teve morte instantânea.

Após o resgate do último corpo, os bombeiros encerraram os trabalhos no local. Segundo o major, não há mais informações de desaparecidos. O terreno será entregue para a perícia da Polícia Civil, para a prefeitura de São Paulo e para a Defesa Civil.

Lima agradeceu à equipe de resgate e afirmou que, apesar das 10 mortes, 26 vidas foram salvas do desabamento. "Estamos tristes pelas 10 vítimas, mas com a sensação de dever cumprido", disse o major.

O bombeiro informou que a operação de resgate durou 56 horas e contou com 210 profissionais da corporação e 70 viaturas. Ao fim dos trabalhos, a equipe de resgate se reuniu em um círculo, fez um minuto de silêncio, e, após, foi aplaudida pelos populares que acompanhavam as buscas no local.

Apenas cinco dos feridos no desabamento continuavam internados na noite de ontem - quatro estão no hospital Santa Marcelina, em Itaquera, e três têm quadro de saúde estável. O quarto ferido está na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), e seu estado é grave. A quinta pessoa ferida, internada no Hospital Geral de São Mateus, foi operada ontem e apresenta quadro de saúde estável.

Em nota divulgada na noite desta quarta-feira, a prefeitura de São Paulo reafirmou que a obra estava em situação irregular do ponto de vista documental e que não houve pedido de alvará para sua execução.

Segundo a prefeitura, a obra foi embargada e a construção não deveria ter continuado. A nota diz também que será aberta sindicância para apurar por que não foi feito um boletim registrando que a obra foi embargada em março.
O Ministério Público e a Polícia Civil já abriram inquéritos para investigar as causas e apurar as responsabilidades pelo desabamento.

Fonte: Terra

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